quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Amor, salvação, o medo da morte.


Hoje eu acordei com algumas coisas borbulhando em minha mente. Estava certa de que aquilo ficaria só no Natal e no que isso representa, mas começou a se expandir em trinta e três anos. Sei que isso que eu vou dizer a seguir pode parecer um pouco cliché; várias pessoas já escreveram dessa forma sobre esse assunto, mas borbulhou na minha mente de um jeito diferentemente semelhante a todos os outros.

Não é fácil ser um ser humano. Ter cabelo que embaraça, pele que queima, pés que doem, olhos que ardem. Não foi fácil ser bebê. Deve ter sido difícil não saber falar, apenas chorar e ninguém entender porque não existe um dicionário de choro. Não foi fácil ter crescido um pouco mais, chegar naquela fase em que só nós queremos estar certos e em que a atenção dos quatro cantos da terra deve estar voltada apenas para nós. Entrar na adolescência é a pior coisa que acontece ao longo da vida: crises de identidade, complexos, dramas e todas essas coisas que nós sabemos. E Deus se fez um ser humano só pra passar por tudo isso. Tudo. Ele era Deus, mas também era homem quando esteve aqui. Tinha pele que queimava e pés que doíam. Era gente como eu e você.

Nós vivemos reclamando da falta de dinheiro pra comprar aquilo que tanto desejamos. Celular, carro, computador, roupas, roupas, roupas. Não damos tanta atenção aos mais humildes e às vezes dizemos que não gostamos de gente pobre. E Deus se fez um ser humano para não ser rico. Deus se fez um ser humano e foi pobre. Ele era Deus, por que não tinha toda a riqueza da terra? Exatamente por ser Deus.

Dizemos que não conseguimos esperar. Ouvimos em toda parte a opinião espantada de todos a respeito dos que querem casar virgens. Dizemos que não conseguimos aguentar. Dizemos que é difícil, que é impossível. Jesus foi virgem até a última gota de sangue. Durante trinta e três anos. Ele suportou. Pra ele não foi impossível. Mas ele era Deus. Sim, era espírito, mas também era carne! Ele suportou e não foi impossível só porque era Deus, mas porque ele queria ser santo.

Deus se fez um ser humano santo. De carne, osso e espírito. Mas ele quis ser santo. Não quis andar em pecado. Ele quis, ele decidiu que seria assim, e pronto! E nós reclamamos que as coisas são difíceis porque não aguentamos, dizemos que queremos, mas não conseguimos. No fundo, talvez, não queiramos.

Muitas vezes dizemos não aguentar o peso que carregamos. Muitas vezes estamos fartos de tanta gente olhando pra nós, falando de nós, zombando de nós, nos criticando e querendo nos ferir moralmente. Deus se fez um ser humano e por onde ia, havia escarnecedores. Havia aqueles que zombavam dele, que zombavam quando ele dizia ser filho do Deus vivo. Que zombavam, incrédulos, quando ele fazia algum milagre. Que zombavam quando ele dizia que são felizes os perseguidos. Ele foi perseguido, até a última gota de sangue.

Ele pediu pra não carregar aquela cruz, mas quis a vontade do Pai dele. Até aí ele quis ser santo. Até aí ele obedeceu. Honrou seu pai. E assim teve que acontecer.

E então ele andou arrastando aquela cruz que, sabe-se lá quantas vezes o seu peso ela tinha. Ele devia estar cansado. Imagino que ele tivesse chegado aonde tinha de chegar, respirando ofegante, não suportando mais aquele peso. E então, depois disso ele ficou suspenso apenas pelas mãos e pelos pés. Com todo o peso de seu corpo prendendo pra frente, e aqueles pregos que deviam estar enferrujados, ameaçavam arrancar seus pés e suas mãos, com todo aquele peso puxando-o para frente. Ele apanhou muito. Ninguém gosta de apanhar de pai e mãe. E não era o pai dele quem estava batendo. Ele não havia feito nada de errado, absolutamente nada.

E aí o sangue começou a verter. Cada gota. Cada gota por cada pessoa que existe, existiu e vai existir na terra. Uma gota pra mim, uma pra você, uma pra o seu pai, pra sua mãe. Uma pra aquele menino pobre da sua rua, que você não gosta. Uma pra o seu professor. Uma pra aquela pessoa que te contou que quer casar virgem e que você zombou dela. Uma pra cada um daqueles que zombaram dele mesmo. Uma pra cada um daqueles que não mereciam meia gota de seu sangue. Ele derramou sangue pra todo mundo.

Por quê? Ele não precisava ter feito isso...

Mas nós precisávamos que ele tivesse feito isso. Nós não merecíamos, não merecemos. Mas precisamos desse sangue. Porque foi esse sangue que lavou o nosso desgosto por gente pobre, a nossa impaciência, a nossa compulsão, o nosso medo, nossas crises de adolescente.

E ele só fez isso porque nos ama, não tem outra explicação.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Bem que deu tempo.

Fiquei mais tempo do que o normal sem postar. Parte desse tempo foi por falta de vontade, tempo ou inspiração, confesso. Mas algumas coisas aconteceram desde a última postagem. Eu posso dizer que deu tempo. Nesse tempo em que eu estive sumida eu reconstruí uma amizade que estava à beira da destruição, terminei de escrever meu livro e passei de ano. Eu sabia que daria tempo. E ainda tem onze dias pra fazer acontecer o que não deu ainda. Eu garanto que não tô falando só de mim.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Christmas again.


E aí começa tudo de novo. Pra onde a gente olha tem uma árvore, uma luzinha, uma bolinha, um Papai-Noel, um boneco de neve. Só que parece que foi ontem que aconteceu pela última vez. É que passou tão rápido e de repente a gente acabou nem percebendo. Diante dos nossos olhos passou um ano como se fosse apenas alguns dias. Talvez não tenha dado tempo.

Não tô aqui pra falar do Natal. Tô aqui pra falar de como o tempo passa, e que às vezes não dá tempo de a gente fazer tudo o que a gente quer ou que precisa fazer. Às vezes o tempo passa tão rápido e a gente perde tanto tempo com coisas tão pequenas e inúteis que a gente nem vê que ele tá passando. E depois a gente vê que ele passou e que não dá mais pra alcançá-lo.

A gente vive com essa mania de deixar as coisas pra amanhã, mas amanhã vai ter mais coisa ainda pra fazer e se a gente deixar pra amanhã outra vez, vai faltar amanhã pra o que a gente tem de fazer.

E quando chega o fim do ano a gente sempre para pra pensar sobre o que aconteceu nesse ano. A gente olha pra o que a gente fez e pra o que a gente não fez, pra o que chegou e pra o que foi embora, pra o que a gente ganhou e pra o que a gente perdeu... E às vezes é a partir daí que a gente vê se o nosso ano foi bom.

Se a gente não fez nada, a gente acha que é ruim, porque o ano tá no fim e não tem como voltar. Mas também a gente tem esperança, porque tem outro ano pra começar, e aí dá tempo de fazer alguma coisa. Mas às vezes dá medo de o ano ser igual, só que não precisa ser igual. Basta a gente se dispor em se levantar pra fazer alguma coisa. Deus tem uma série de coisas pra cada pessoa fazer e isso se tem o nome de "chamado", e só o que deve ser feito é se levantar e fazer.

A gente ganhou coisas ao longo do ano e, também ao longo do ano a gente perdeu. Às vezes não dá pra dizer qual das duas opções foram escolhas nossas; ganhar ou perder. Mas o legal de tudo isso é olhar e ver que a gente só tá na primeira semana do último mês. Que ainda tem 31 dias, que o ano ainda não acabou... Que dá pra restaurar, dá pra ganhar de novo o que a gente perdeu. Mesmo se perder foi nossa opção e depois a gente viu que estava errado. Mesmo se a gente perdeu sem querer, ou perdeu porque vacilou, porque ficou de bobeira. Dá tempo de recuperar. Dá tempo de fazer alguma coisa.

Eu não sei por que eu escrevi isso e eu nem sei se tem algum sentido, mas eu me senti bem escrevendo, eu gostei de escrever. Talvez eu tenha visto que há coisas na minha própria vida que precisam ser resgatadas e que dá tempo de fazer isso. Ainda é 2009 até a meia noite do dia 31 de dezembro.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Em todo lugar.



Quantas vezes você já não se sentiu sozinho, por mais pessoas que estivessem ao redor? Ninguém falava com você e você não falava com ninguém, não porque ninguém te conhecia ou ninguém gostava de você, mas porque simplesmente você não queria falar com ninguém e talvez ninguém quisesse falar com você. Você olha, vê que realmente está sozinho e é diferente de todos.

Mas Deus está aonde? São várias as situações que podem responder isso:

a) Você pensa que está tão sozinho que nem lembra dele;
b) Você pensa nele o dia todo, mas não sente como se Ele estivesse ao seu lado;
c) Sente como se Ele também tivesse deixado você sozinho.

Eu vivi alguma coisa assim na terça-feira. Foi uma manhã bem sozinha pra mim, de verdade, bem como eu descrevi aí em cima. Eu pensei em Deus a manhã inteira, como eu faço todos os dias inteiros, mas não era como se Ele estivesse ali. Então Ele falou "Eu estou aqui" de uma forma que eu nem podia imaginar que Ele diria.

Um trabalho de geografia. Um vídeo sobre a fome e a miséria na África. A música me era famíliar, tinha um som que entrava bem nos meus ouvidos, descobri, porque lembrei que era a música que quase havia me feito voar alguns dias antes, Third Day, Offering.

Deus estava ali o tempo todo.

É, eu sei que ninguém tem nada a ver com isso, mas o ponto em que eu quero chegar é que Deus pode mostrar que está conosco das formas mais inusitadas possíveis. E que por mais sozinho que você pense estar, por mais que ninguém fale com você e você não tenha vontade de falar com ninguém pra amenizar essa solidão, Deus está ali ao seu lado. Pensar que Ele te esqueceu e também te deixou sozinho não te torna acompanhado, muito menos nem lembrar dele.

Deus é tão incrível que ele está em todos os lugares ao mesmo tempo, e o legal de tudo isso é, enquanto você lê, pensar que Deus tá aí contigo e comigo também. Que Ele tá aí contigo, comigo e com a outra irmã que tá lendo. E com os irmãozinhos que nem estão lendo. E que agora mesmo, enquanto você lê, Ele está te avisando que está aí contigo, quando você pensava que abriria o blog e não encontraria nada de diferente de ontem, ou alguma coisa totalmente diferente disso, senso comum.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Barulho de festa.


Eu não vou escrever uma notícia sobre a Marcha pra Jesus. Vou escrever sobre tudo o que já foi dito aqui e quem esteve lá sabe o tamanho da festa, o tamanho do mover, o tamanho de tudo o que aconteceu. E quem já lia o blog antes, pode dizer se tem alguma relação com tudo o que já foi dito.
Foi a primeira vez em toda a minha vida que eu estava em um lugar onde todas as pessoas eram iguas e tinham um único objetivo e buscavam a mesma coisa. E era muita, muita gente. E estava calor nesse dia. Mas quem disse que qualquer um de nós que estávamos lá, ligávamos pra isso? A gente continuaria buscando, a gente continuaria marchando pelo mesmo propósito. Todas as... Muitas pessoas que estavam lá.
Nós estávamos marchando pra não perder a graças, não deixar de ser sal, estar mais perto de Deus, porque é ele quem nos concede a graça. Nos achegarmos a Ele pra adquirir mais dessa comunhão. Todos nós. Cada um dos milhões.
Estávamos marchando pra deixar claro aquilo que temos e somos por dentro. Independente de roupa, piercings, tatuagens, cor e corte de cabelo, colares, anéis. Estávamos marchando em corpo, alma e espírito, declarando uma única coisa, independente do que havia por fora. Estávamos declarando que Jesus é o Senhor daquela cidade e desse país e mostrando que nós podíamos fazer isso tendo ou não piercings ou tatuagens, porque, Deus habitando ali no meio de nós, olhava o coração de cada um e a sinceriade com que declarávamos aquilo e buscávamos a ele. E independente do que havia por fora, naquele dia e em todos os outros, todos nós somos um só corpo.
O fato daquele dia ter chegado e ter acontecido como aconteceu foi uma prova de que entre a raiz e a flor tem o tempo. Esperamos. E como esperamos a que aquele dia chegasse e acontecesse. Esperamos tanto tempo a que tantas coisas acontecessem como aconteceram lá naquele dia. E valeu a pena. O dia chegou, nós marchamos. E quem levou os pedidos dentro do sapato sabe que ele subiram e que até que eles venham a ser reais, é uma questão de tempo. Deus vai fazer. Talvez não hoje, mas vai.
Derrubar gigantes. Ah! Não era isso que estava escrito na camiseta? Alguns cantores disseram isso também, não disseram? Marchamos pra derrubar gigantes. E gigante foi feito pra cair, não foi? Então nós derrubamos, naquela segunda-feira, todos os gigantes e talvez o maior deles tenha sido aquilo que nos impedia de marchar. Ou aquilo que queria nos impedir de marchar, de declarar, de cantar, gritar, pular... Ou de sair de casa naquele dia.
E quem aqui acredita que o que nos aconteceu particular e personalizadamente naquele dia, da hora que descemos das nossas caravanas ou dos nossos carros e pisamos na avenida Tiradentes, foi uma transformação e não uma simples mudança que volta a ser o que era antes? Deus trabalha assim, Ele transforma e não muda. E disseram isso também aquele dia. As coisas do mundo mudam a pessoa, mas só quem pode transformar é Deus. Quem foi transformado lá? Quem vai ser igual depois daquela segunda-feira?
Nós marchamos por algo que não podemos ver. Parece loucura né? Mas não é. É a coisa mais séria que existe. Marchamos por algo que não podíamos ver, mas podíamos muito bem sentir. Sentimos o vento que veio dos quatro cantos da terra invadir aquele lugar. Sentimos o calor que era muito mais forte que o calor humano que estava sobre nós naquele dia. Sentimos uma presença doce e suave, sem fim nem começo. Nós não podíamos ver nada do que acontecia sobre nós, mas acontecia tanta coisa, que não podemos nem imaginar. Em cima, dos lados, em baixo. Era uma guerra. Uma festa. Uma guerra que nós, como corpo, vencemos. Uma festa que nós, como corpo, comemoramos. Uma vitória. Uma vitória porque São Paulo e o Brasil, independente do que digam, do que pensem, do que falem pertence a Deus.
Não pertence à prostituição, às drogas, ao dinheiro. Pertence a Deus. Ainda que não possamos ver as transformações acontecendo na cidade e no país, elas vão acontecer e já começaram a acontecer. Afinal, é fé se usarmos nossos olhos?
A transformação que aquela cidade e esse país espera e necessita está em cada um de nós. E você não precisa ter ido à marcha e ter declarado que é Jesus Cristo quem comanda tudo isso pra começar a transformar o meio em que você vive. Declare aí mesmo onde você está, comece a transformar através da sua vida e do seu testemunho. Você não precisa também ter ido, pra viver tudo isso que eu citei. É muito sério, muito pessoal, dá pra buscar aí da sua casa, é só querer. A Jesus Cristo pertence a cidade de São Paulo, a sua cidade, todos os estados, o Brasil inteiro e o planeta Terra. E é a Ele que pertence a sua vida, a sua casa e a sua família.
Ano que vem tem mais. E no outro também. No próximo. E no ano seguinte... E em todos que vierem depois, porque, sabe de uma coisa? Marcha pra Jesus agora é lei!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A minha falta.

Eu sei que ando sumida e, definitivamente, isso me faz mal. Sempre fez. Não tenho conseguido pensar muito no que postar e isso se resolve com oração, eu sei. Vou fazer isso mesmo, orar, ler bastante a Bíblia e amanhã mesmo eu volto com alguma coisa bancana.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

É sobre acreditar sem ver.


Antes das férias eu emprestei uma revista cristã para o meu professor de biologia. Ele não devolveu até hoje, mas não é sobre isso que eu quero falar. É que aquela era uma revista legal. Tinha várias reportagens sobre a existência de Deus. Matérias a respeito das provas cientificas sobre o fato de Deus existir, exemplos de cientistas, pintores, biólogos, matemáticos, físicos e químicos que acreditavam em Deus e se baseavam até mesmo em suas teorias para isso. Havia o depoimento de famosos que contavam o motivo pelo qual não acreditam em Deus. E havia algo interessante. Era sobre acreditar sem ver.
É fácil acreditarmos nas pessoas, porque nós as vemos. Muitos se baseiam naquela mentira de que é preciso ver para crer e continuam acreditando em pessoas. É certo que não podemos ver Deus, mas não é tão difícil assim crer, basta querer.
Eu penso na facilidade que temos para acreditarmos nas pessoas. O que nós, pessoas, temos de tão convincente para que eles, as outras pessoas, achem que nós existimos de verdade? Eu acho que o fato de podermos nos ver não é o bastante. Uma pessoa diz à outra que a ama com muita facilidade. E também é assim com o ódio. Acho que sejam palavras fortes demais para serem ditas a pessoas com tão pouco tempo de convivencia. Como podemos saber que aquela pessoa que vemos e ouvimos existe de verdade? E Deus? Só porque nós não o vemos, não significa que ele não exista e não nos ame. A existência dele é muito mais real e mais convincente do que a existência de qualquer... Pessoa.
Essa revista contava a história de uma mulher que há algumas décadas, se eu não me engano, foi manchete de muitos jornais por ter sido vítima de algum tipo de golpe: ela era casada havia anos com um homem até que de repente ele some e ela descobre que ele tinha uma outra identidade/personalidade/vida completamente diferente da que ela conhecia. Ela acreditou nele e então descobriu que era mentira. Ela podia vê-lo.
E por que é tão difícil acreditar em um Deus que não te desampara, não te abandona e não mente pra você apenas pelo fato de você não poder vê-lo? Dá pra sentir Deus, e quando você sente, vê que é mais bonito do que se pudesse ser visto, porque é absurdamente bom senti-lo. Absurdamente bom, prazeroso e satisfatório. A sua existência é absurdamente mais convincente quando você o sente. Mais convincente do que a existência de qualquer pessoa.
Quando você acredita em Deus e passa a senti-lo, aí você pode enxergar. Não enxergar Deus face a face como você enxerga os seus pais ou seu/sua namorado/a. Enxergar o que Ele faz com a sua vida, e você vai ver quão bom isso é. E o quanto vale a pena acreditar nele e poder senti-lo.
As pessoas mentem, as pessoas mudam, enganam, te abandonam. Deus nunca vai fazer isso porque ele te ama. Se Ele nunca te disse isso não se preocupe, porque ele já provou quando enviou seu próprio filho. E era pra ser você lá naquela cruz. E esse 'eu te amo' que Deus mostrou é bem mais convincente do que o 'eu te amo' que você ouviu do/a garoto/a que você conheceu há duas semanas.
Nós costumamos gostar muito quando alguém diz que nos ama, e nós nem sabemos se é verdade... E olha que as chances de não ser verdade são grandes! E quantas vezes ignoramos alguém que diz que Jesus nos ama? O amor que Jesus tem a oferecer é bem maior e real do que o amor que aquela pessoa disse ter. Você sabe se essa pessoa existe? Jesus existe. Você não pode ver, mas Ele existe e te ama bem mais que aquela pessoa.
Deus não é homem pra mentir. Não é filho do homem pra enganar. Ele não muda, não te abandona, não te desampara. Ele mesmo prometeu isso... É só acreditar. Ainda que não veja.
Deus existe. Você não está o vendo, mas Ele pode te ver.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A mudança que nos alcança.




Hoje uma das minhas melhores amigas vai se casar. Ontem eu estava pensando em como será que ela estava se sentindo. Como ela imaginava que seria acordar hoje sendo a mesma pessoa que ela era ontem e, amanhã, acordar sendo outra totalmente diferente. E isso me levou a pensar sobre esse tipo de mudança. Coisas loucas, que mudam tudo.
Muda o dia, muda a casa, muda a cidade, muda a vida. E eu não tô falando só de casamento. Tô falando de Deus. Deus em tudo. Deus no casamento, Deus na viagem, Deus na escola, na faculdade, no namoro, na mudança.
Talvez mudança não seja a palavra certa. É. Me ensinaram que o que muda pode voltar a ser o que era antes, e Deus não age assim. Trata-se de transformação.
A água no estado líquido, quando é colocada no congelador, muda para o estado sólido, e pode voltar a ser água no estado líquido, quando sair do congelador.
Uma lagarta, depois de certo tempo no casulo, é transformada em uma borboleta, e não pode voltar a ser lagarta, quando sair do casulo.
Deus faz assim. Ele transforma. Ele transforma o dia, a casa, a cidade, a vida. No casamento, na viagem, na escola, na faculdade e no namoro. Deus transforma.
Ele transforma uma pessoa de forma que ninguém pode imaginar. Ele transforma o ladrão, a prostituta, o assassino, o corrupto, o adúltero. Ele faz assim. Se Ele quer usar, transforma o mais improvável, o mais louco, o mais impossível. Porque não é Deus se for óbvio. Deus gosta de surpreender.
E essas transformações podem ser de um dia para o outro, como está sendo na vida da minha amiga. E eu não tô falando só de casamento. Hoje você pode se sentir um nada, hoje podem dizer que você é um nada, hoje você pode ser um nada. Se Deus quiser, amanhã você acorda do jeito que Ele quer. E a transformação começa de dentro pra fora, não é exterior. Ele transforma o coração. Transforma seus pensamentos, transforma o que você sente.
Deus transforma os pensamentos. Ele transforma o que você pensa sobre alguma pessoa ou alguma coisa, ou até mesmo sobre Ele. Ele transforma. Transforma o passo que você vai dar amanhã, a escolha que você vai fazer depois, a decisão que você terá de tomar em cinco dias. Transforma sua visão. Ele é tão incrível que transforma as coisas que não existem em coisas que existem, coisas reais. E aí voltamos a falar de fé.
Ele transforma as coisas mais impossíveis em coisas possíveis. Transforma o que há de mais absurdo em óbvio. E o legal é que essa transformação é sempre boa. Até porque Deus sempre tem o melhor.
Amanhã a minha amiga vai acordar e tudo vai ser diferente na vida dela. Ela vai acordar vivendo aquilo que Deus tinha de melhor pra ela. A transformação. E agora eu tô falando de casamento.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sem coragem não teria história.



Quem nunca ouviu a história daquele nerd que teve de enfrentar um valentão que veio de outra escola? Típica de filme americano, né? O pátio cheio de alunos apostando o dinheiro do lanche da semana inteira que o valentão vai ganhar. Ninguém acreditava que o nerd tinha aceitado o desafio, achavam que ele ia amarelar no último minuto antes da briga.

Tentaram impedí-lo. Tentaram enchê-lo de roupas para que ele não sentisse dor quando o valentão começasse a dar os socos e pontapés. Mas o nerd não quis nada disso. Ele disse que brigaria. O valentão já estava rindo e cantando vitória, mas o nerd estava apenas um minuto atrasado. Chegou com um ar confiante. Ninguém entendeu, ficaram abismados.

O valentão se aproximou. O nerd engoliu seco. O valentão passou a mão nos cabelos do nerd e soltou uma risada sarcástica unida a um sorriso vitorioso por ser muito maior que o adversário.
- Que vença... O melhor. - o valentão falou.
O nerd engoliu seco outra vez e assentiu com a cabeça.
Deram quatro ou cinco passos de distância um do outro. O valentão parecia ter sede daquela briga e vinha como um touro. Ele não queria que fosse tão fácil assim, então começou a provocar o nerd com palavras. Palavras que realmente ofendiam. Mas o nerd não estava lá para ficar ouvindo aquelas coisas e nem para apanhar. Queria mostrar que ele podia vencer. Deu dois passoas para trás e pegou uma pedra. Lançou a pedra contra o valentão e ele caiu de cara no chão. Simples assim, ele venceu.

Dessa vez esse cara não pegou a espada pra cortar a cabeça do gigante e tê-la como troféu, levaram-no logo em seguida para a enfermaria do colégio e fizeram um curativo, mas nós sabemos bem que na história de verdade aconteceu desse jeito.

Então nós pensamos: o que teria acontecido se Davi tivesse tido medo? Certamente Golias viria em sua direção e o mataria de alguma forma que não dá nem pra imaginar. Ou talvez Davi nem saísse do acampamento de Saul pra ir lutar com o gigante. E aí não teria história. Já pensou que sem graça? O que a gente teria pra contar? E se o nerd tivesse desistido? Também não teria história. O valentão teria acabado com ele, como acontece sempre...

E com a gente? Se nós temos medo dos nossos gigantes e fugimos deles ou deixamos eles nos derrubar, o que acontece? Não tem história. Sem coragem não tem história. O que nós vamos contar? Que nós deixamos de lutar por aquela viagem por medo? Que nós deixamos de esperar aquela pessoa por medo? Que nós deixamos de chegar onde queríamos chegar, de ter o que queríamos ter, de buscar o que queríamos ou até precisávamos buscar por... Medo? Sem coragem não tem história.

Muitas vezes nós temos medo de lidar com as situações. Nós não ficamos de pé porque temos medo de cair. Não saímos porque temos medo denão voltar. Não entramos porque temos medo de não sair. Não vivemos... Porque temos medo de morrer. E tudo fica bem pior quando Deus nos levanta para algo, mas nós não permanecemos por medo de não conseguir.

Sentir medo é o mesmo que não confiar em Deus, porque se Ele nos levantou está mais do que óbvio que Ele vai nos manter nesse chamado, que nós vamos conseguir.

Por mais que Davi estivesse com medo, ele tinha de enfrentar aquele gigante e tinha de ser naquela hora. Não podia ser amanhã, não podia ser depois, não dava para adiar, tinha que ser naquele dia. Nós também não podemos deixar as coisas pra depois por causa do medo. O medo que sentimos hoje é o mesmo medo que vamos sentir amanhã, se adiarmos. Então tem que ser hoje, tem que ser agora.

Dê dois passos pra trás, pegue a pedra que se chama coragem e atire no gigante, seja ele qual for. Seja a vida sentimental, espiritual, material... Ou até mesmo o medo. Atire sem dó, sem medo. Atire. Deus te levantou pra atirar essa pedra. Atire. Atire hoje. Sem coragem não tem história.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Entre a raiz e a flor.



Outro dia li não sei aonde a frase "entre a raiz e a flor tem o tempo", eu pensei nela e vi que era verdade. A partir do momento em que a raiz se forma, leva um certo tempo até que a flor comece a brotar. Entre a raiz e a flor tem o tempo. E tempo é espera. Tudo pelo que nós esperamos é só uma questão de tempo. Vê como faz sentido? Vai chegar, mas nós não sabemos quando. É tempo.

E o tempo está inteiramente ligado com a fé. Deus marcou um tempo certo pra todas as coisas. Mais uma vez, nós não sabemos quando vai chegar. Mas vai chegar. E pra que nós continuemos acreditando que vai chegar, é preciso ter fé. E a fé é interessante, porque ela independe dos olhos. Quer dizer, não é fé se você esperar acreditando naquilo que você vê. Não é fé se você usar seus olhos.

Vou tentar explicar melhor:

Tá tudo dando errado. Você olha ao redor e tudo o que você vê não é bom. Brigas, cansaço, impaciência, demora. Dá vontade de desistir, você chora, demora. É tempo demais, você acha que não vai chegar nunca. E pode ser que não chegue, ou que chegue e você não viu, se você caminhar pelo que você enxerga. Você tem que crer que vai chegar independente daquilo que dizem a você. Independente daquilo que você pensa. Independente do cansaço, da impaciência, da vontade de desistir, do choro, da demora... Está demorando, mas vai chegar. Talvez não hoje, talvez não amanhã. Ano que vem, quem sabe, ou até mesmo daqui cinco anos... Esperar é bom. Crer é melhor ainda. Entre a raiz e a flor tem o tempo.

Parece absurdo, parece irreal, parece impossível. Mas parece absurdo, irreal e impossível só agora... Quando chegar não vai ser nada disso. E só parece tudo isso porque você tá usando os olhos. Não é fé se você usar seus olhos.

Uma vez eu escrevi que a espera é a melhor parte do milagre. No tempo em que você espera, você é renovado e você se fortalece, se espera do jeito certo. Se espera e anda sem usar os olhos. Dá pra fazer com que a espera não seja doída, o necessário é um posicionamento não muito complexo. Não foque-se apenas naquilo pelo que você espera, durante o tempo em que você terá de esperar. Priorize outras coisas e apenas lembre da sua promessa com a esperança de que vai chegar e você vai ser muito feliz quando chegar.

Eu ouvi que espera é vento em pipa e a linha o tempo dá... Mas é só pra quem não duvida. Não duvida, espera, tenha fé, e aproveita o tempo que tem entre a raiz e a flor.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Só pra ter.



Tem algo com a minha mãe que talvez eu deva chamar de dom, porque eu acho que de fato é um dom. Ela reconhece os cristãos de longe. Não importa como a pessoa é, ela sabe se é cristão. E o mais incrível é que ela nunca falha.

Shopping em dia de feriado é um verdadeiro formigueiro. Pessoas indo, pessoas vindo a todo momento. Esbarrar ou tropeçar em alguém é algo bem comum. Meu primo de três anos queria ver o bebezinho do casal que estava sentado na mesa ao lado da nossa na praça de alimentação. Aquele era um casal interessante. Tinham três filhos. A menina parecia ser a mais velha, com mais ou menos sete ou oito anos, ou era gêmea do outro menino. O mais novo não parecia ter mais de quatro meses. A menina tinha as pontas do cabelo pintadas de rosa. Tanto o homem quanto a mulher tinham alargadores nas orelhas e eram poucos os lugares visíveis onde não havia tatuagem alguma.

Minha mãe fez a pergunta. Aquela pergunta que ela sabia que a resposta não seria diferente daquela que ela sempre recebia ao perguntar. E não foi diferente.

O interessante foi que justo nessa semana eu estava me perguntando se ela saberia reconhecer Deus na vida de uma pessoa ainda que ela tivesse o corpo coberto por tatuagens. E isso me fez perceber, mais do que nunca, que Deus não está na aparência. Ele não está na roupa que você usa, no seu corte de cabelo, nos seus piercings, tatuagens, anéis, colares... Ele está dentro de você e faz com que você seja reconhecido por servir. Quem quer que você seja.



domingo, 11 de outubro de 2009

Começando. E não é a primeira vez.

Comigo é assim... Estréia de blog e nada pra postar. As idéias estão a mil. As idéias pra layout, título, foto e cores estão a mil. As idéias pro primeiro post não. As idéias pro segundo, terceiro e quarto posts estão a mil. E para o primeiro? Eu nunca sei como começar um blog. Nunca sei o que dizer pra apresentar um blog à sociedade. Nunca sei se eu devo me apresentar, dizer quem eu sou ou, logo de cara, postar aquela mega idéia que eu tive... pro segundo post. Queria que dessa vez fosse diferente de todas as outras. Posso tentar?

Estava pensando sobre o que postar, olhei pro lado e vi minha Bíblia aberta em Lucas 14: 34... Então eu decidi que vou falar sobre o sal. Nós usamos o sal na água do macarrão que vamos cozinhar, no arroz, no ovo, na batata. O sal é bem útil quando a pressão cai, faz com que ela volte ao normal em questão de minutos. O sal é indispensável na salada e no tempero do bife. Mas, se ele perde o gosto, deixa de ser sal. Se o sal perde o gosto, não dá pra salgar a água do macarrão, cozinhar arroz, salgar o ovo e a batata. Se o sal perde o gosto, continuamos com a pressão baixa. Se o sal perde o gosto, a salada fica amarga e o bife sem graça. Se o sal perde o gosto, não é mais sal. Não serve pra mais nada e deve ser jogado fora.

O que acontece se nós perdemos o sal? Perdemos a graça. E Deus é quem nos concede a graça, Ele é nosso sal. Tudo o que somos vem dele. Nossos sorrisos, nossas lágrimas, nossas piadas, nossas histórias, nossos pensamentos, sentimentos, amores. A espontaneidade e liberdade que temos vem de Deus e essa é a nossa graça. Se por algum motivo nos afastamos de Deus, perdemos a alegria, perdemos a liberdade e a espontaneidade. Perdemos o gosto. Perdemos o sal. Não servimos pra mais nada e devemos ser jogados fora.

Ao nos achegarmos a Deus, conquistamos mais dessas coisas a cada dia. É na oração que se adquire a comunhão. Se temos comunhão, temos intimidade e somos amigos de Deus. Quando nós conquistamos a graça que nos é concedida por Deus, todos vêem a diferença que fazemos por onde quer que andamos. A mudança que tivemos. O que podemos chamar de Antes de Cristo e Depois de Cristo fica claro, todos vêem que mudamos. Todos podem dizer "agora fulano tem graça". Não podemos ser sem graça. Não podemos perder o gosto, perder o sal. Não podemos ser inúteis.

Quem tem ouvidos para ouvir, então ouça... Ou quem tem olhos para ler, então leia, como quiserem.

Consegui?


Obrigada Luciana Elaiuy, você me inspirou.