sábado, 11 de setembro de 2010

Depois de tudo


E se depois de tudo isso eu ainda estiver de pé, pode ser que ainda tenha chão. E se tiver chão, estando de pé, eu vou poder caminhar. Se estou de pé, é porque Você está comigo, e vou andar, porque Você vai continuar comigo.

Porque andar sem Você não dá. E sem Você, eu caio. Continuo no chão, sem Você, se não estou de pé. E se estou de pé, com certeza, sem Você, eu vou cair.

Mas se Você estiver aqui, eu sei que vai pegar na minha mão, e além de colocar um chão duro e real debaixo dos meus pés e me mostrar o caminho, vai me levar até onde quer que eu chegue. E o que eu sei é que Você vai estar aqui. Que Você está aqui e vai ficar... Aqui.

E a Sua mão... A mão Sua, que vai segurar na minha pra me levar até onde onde Você quer que eu chegue... É a mão que me guarda. É debaixo de onde eu quero ficar. A Sua mão, que é a cama mais macia, a casa mais confortável, o melhor descanso pra minha cabeça... Depois de tudo isso.

Pai...

E depois de tudo isso eu vejo que nem a metade de tudo o que Você fez por mim é o que eu merecia. Depois de tudo eu não mereci Sua mão. Eu não mereci, mas Você me ama.

E eu também não mereço o Seu amor.

Mas Você me ama. E eu? Eu te amo. Eu te amo e sei... E reconheço que foi só por causa da Sua mão que eu estou de pé e que tem chão de baixo de mim pra eu poder andar. E que é Você quem vai me levar aonde Você quer que eu chegue. Porque Você quer que eu chegue lá.

Ainda que o chão seja de areia e não tenha água nenhuma por perto, ainda que eu esteja com sede, e quase não esteja conseguindo permanecer de pé, do jeito que Você me deixou, a Sua mão vai me manter de pé... Como Você fez antes. E eu vou chegar até onde tem água, porque vai ter... Você prometeu que teria água. E Você quer que eu beba.

Que eu sobreviva. Que eu viva. Em abundância.

Eu reconheço, Pai. Reconheço a fraqueza escrita na minha testa se eu estou longe de Você. A fraqueza gritando nos meus ouvidos, sem o Seu amor. E não dá. Não dá pra ficar sequer um dia longe disso. Da Sua mão. Do Seu amor.

Dói, Pai. Dói quando eu acordo do meu eu e vejo que não deixei Você entrar. Dói quando eu vejo que, na verdade, eu não estava vendo nada antes de Você chegar. E Você tem mais amor pra mim, porque Você é meu Pai. Meu Pai, que me perdoa. E que me ama. O meu Pai, a quem eu amo...

E eu sei... Ah, Pai, eu sei mesmo... Que eu posso ficar horas aqui tentando achar uma palavra... Uma única palavra que seja melhor do que simplesmente obrigada, e eu nunca vou encontrá-la.

Se isso for suficiente, eu quero dar a minha vida. Por tudo. Por tanto amor. Pela Sua mão, que me abriga e que me acalma, que segura na minha pra poder andar, depois de ter me colocado de pé e de ter me posto num chão, onde dá pra andar. A minha vida, Pai de amor.

Senhor. Rei dos reis. Yeshua. Príncipe da Paz. Cordeiro de Deus. Rosa de Saron. Emanuel.

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